terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Fases

Há alguns dias estava eu pensando nas muitas fases que passamos na vida e das muitas que ainda virão. Do dia em que saí de Nova Prata e tenho muito viva a lembrança da minha casa branca e verde vista pelo vidro de trás da Belina verde do pai, até a chegada a Porto Alegre em 2005 com um mundo de sonhos pela frente. Percebi que nem tudo o que desejamos e almejamos é possível conquistar. E isto é que o belo da vida!

Nestas idas e vindas, morei em São Paulo, servi ao Exército Brasileiro, voltei para Bento Gonçalves e agora estou em Caxias vivendo a melhor fase da minha vida. Há pouco mais de dois anos vivo a fantástica experiência de ser pai e há três, de viver ao lado de outra pessoa que parece ter sido feita sob medida para passar o resto da vida ao meu lado.
Quem imaginava, há quatro ou cinco anos, que o meu futuro reservaria estas alegrias ou até mesmo, quem imaginava que chegaria até aqui desta forma? Eu não.
Quem adora taxar os outros de coisa ou outra e acha que é chato ser feliz, uma hora vai procurar e provavelmente encontrar algo que valha a pena: viver pelos outros e não por si só.  

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O senso comum

Uma das coisas que mais me deixa irritado é o senso comum. E aqui também vai um mea culpa. Também faço uso do senso comum. Como agora, por exemplo, falando sobre algo que me deixa irritado. Mas isso interessa a alguém? Provavelmente não. Mas estou dizendo isso apenas para exercer a liberdade de pensamento, que às vezes esquecemos e acabamos acreditando em tudo o que os outros escrevem. Vou citar um assunto que recheou as páginas dos jornais dos últimos dias como exemplo de senso comum e falta de análise dos fatos: a novela Ronaldinho Gaúcho.
Só a denominação “novela” é um baita senso comum. Tudo o que demora alguns dias para ter um desfecho vira novela. Os autores das legítimas novelas devem ficar putos da cara com a vulgarização do termo. Eles passam dias, semanas, meses e anos para dar vida às novelas e vem qualquer gaiato e tasca um “novela” na cartola de uma história insossa qualquer.
Outro senso comum foi a demonização dos irmãos Assis Moreira pelo fato de não terem acertado com o Grêmio. É o legítimo caso do atacante que sabe pedalar, driblar, mas que esquece de combinar com zagueiro. O Grêmio se esqueceu de combinar com o zagueiro, que nesta história atendia pelo nome de Milan. Aí a culpa é do empresário do jogador e do atleta que tinha a obrigação “moral” de jogar no seu clube do coração. Que ingenuidade! Agora querem proibir o Ronaldinho de usar o Gaúcho no nome por ter acertado com o Flamengo e dizem que o Renato sim que é Gaúcho. Logo ele, o mais carioca de todos os gaúchos depois do Brizola.  E isso não é demérito algum.
Alguns gremistas chegam a duvidar de que Ronaldinho tenha o coração tricolor. Eu, colorado que sou desde que nasci, tenho certeza absoluta de que ele é o mais gremista de todos que já conheci. Muito mais do que o Felipão, do que o Renato e até do que o Jardel. Quando jogava no Grêmio e jogava Grenais, eu nunca vi um cara com tanta fome de bola atuar contra o colorado. Ele é um baita gremista. Fazia gols de falta, dava lençóis no capitão Dunga, usava e abusava de toda qualidade técnica que Deus lhe deu. Esculachava. Não é nem bom lembrar. Ainda bem que vieram os franceses e o levaram a preço módico para que ele nunca mais volte.